sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Entrevista com Fabiana Moraes

A Revista Zíper entrevistou Fabiana Moraes, Diretora de Marketing e Eventos da Tintas Quimilson. Fabiana é formada em Administração de Empresas e está se especializando em Gestão de Pessoas e Finanças. Ela vem realizando um trabalho diferenciado na Quimilson, empresa do seu marido Edmilson Moraes, que está há 22 anos no mercado da região fornecendo produtos para o setor de estamparia têxtil e recebeu pelo oitavo ano o prêmio de maior revendedora de tintas serigráficas do Brasil. Na entrevista Fabiana mostrou sua visão atualizada falando sobre o mercado de atuação da sua empresa, sobre a confecção em Santa Cruz do Capibaribe, sobre assuntos da área empresarial e sobre os eventos que ela vem realizando para o setor serigráfico. Confira:

Revista Zíper: Como você vê o mercado da confecção atualmente em Santa Cruz do Capibaribe e especificamente o setor de serigrafia?
Fabiana Moraes: A confecção na nossa região tem crescido muito e o setor de serigrafia também. Hoje existem 1280 estamparias cadastradas na nossa empresa, fora muitas outras que devem existir, eu visitei várias, até as menores tem pelo menos 6 pessoas trabalhando, são muitos empregos gerados nesse setor. A concorrência é muito grande e permanecer no mercado hoje é uma batalha diária, é preciso ter coragem e vontade de trabalhar associados ao conhecimento. Os empresários de serigrafia precisam acompanham a velocidade das mudanças do mercado e alguns ainda permanecem com mentalidade arcaica e terminam fechando suas empresas.

A Quimilson tem realizado eventos na área de serigrafia, qual é o objetivo da empresa?
Olha, nós começamos a ouvir as reclamações dos nossos clientes com atenção e diagnosticar os problemas que surgem constantemente nas estamparias e a partir daí passamos a oferecer um diferencial que são cursos, workshops e fóruns de estamparia têxtil com o objetivo de capacitá-los para evitar esses problemas.

Quais são os problemas principais que você levantou junto aos seus clientes?
99% dos problemas que identificamos hoje são erros no manuseio dos produtos. Um deles acontece nos meses de maio a agosto, o nosso clima é quente e favorece o processo da estampa, mas nesses meses a temperatura baixa, então começam a aparecer problemas. O clima mais frio exige da estamparia uma cura maior, ou seja, um tempo de secagem maior, essa secagem deve utilizar a polimerizadeira e ainda a prensa térmica pra dar melhor acabamento ao trabalho. Uma boa dica é fazer um teste pra vê se está tudo certo com a estampa e assim dar continuidade aos trabalhos. Pra quem trabalha com produção em alta escala pode utilizar um produto anti-take (take é quando a tinta não penetra e não fixa bem no tecido). Outro problema que acontece muito é colocar a água na tinta à base de água, isso compromete a qualidade do trabalho porque os componentes da tinta quando entram em contato com a água provocam reação química. Esses são detalhes pequenos que fazem toda grande diferença. Quando o cliente utiliza os produtos e acessórios necessários de forma adequada não vai ter problema na produção.

Quais são os eventos que você realiza hoje e do que eles tratam?
Anualmente realizamos quatro workshops: o da Agabê, o da Gênesis, o da Polytex e o da BM do Brasil, que são nossos fornecedores de nível internacional. Realizamos também palestras e cursos e somos apoiados pela CDL, ASCAP, SEBRAE e SENAI. Esses eventos trabalham tanto o lado do conhecimento técnico, quando o lado pessoal através da motivação.

Esses eventos tem obtido resultados positivos? Qual a importância deles?
Sim, somos bem aceitos porque trabalhamos em cima das necessidades do público, apesar de ainda existirem pessoas que ficam se prendendo pra não participar. Em nossa região não existem escolas técnicas, a estamparia é um ofício que se aprende no dia a dia e a mão de obra precisa ser qualificada, então esses eventos são importantes porque realizam esse treinamento. Nós recebemos pessoas daqui de Santa Cruz, de Caruaru, Garanhuns, São Bento do Una, Gravatá, Maceió e outras cidades.

A Quimilson hoje é uma grande parceira não só dos seus clientes, mas do crescimento da região.
Exatamente, a Quimilson é uma empresa que revende produtos de qualidade, preza pelo comprometimento para com os clientes e agrega valor ao mercado com lojas em Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru e Timbaúba e também através dos eventos.

Vocês também estão sempre participando de grandes feiras como a Serigrafia Sign e a Febratex e ainda levam clientes como convidados.
Levamos nossos clientes pra feiras e pra visitar as fábricas conosco com o objetivo de fazê-los entender o processo de elaboração e utilização dos produtos, assim evitamos dores de cabeça tanto pra eles quanto pra nossa empresa. É importante que eles tenham conhecimento sobre o que estão fazendo.

Que as tendências a Quimilson está disponibilizando para o setor serigráfico?
Estamos com a linha toque zero que você passa a mão em cima da estampa e não sente a tinta. Temos também o corrosão incolor , o plastisol relevo e a flocagem, que ainda estão em alta no mercado. Estamos também com uma linha de produtos ecologicamente corretos que são muito mais econômicos do que os tradicionais, não agridem a saúde de quem está utilizando o produto, não poluem o meio ambiente, nem estragam as telas.

A empresa está preparando alguma novidade para os próximos dias?
Sim, vamos ampliar nossa loja. Temos um laboratório experimental, que é onde os clientes tiram as dúvidas sobre os produtos e seu manuseio, vamos aumentá-lo e criar também um setor pra revelação. Vamos implantar também o sistema de auto-serviço para que aqueles clientes que já estão familiarizados com a empresa possam escolher e pegar os produtos qu desejam para agilizar o atendimento.

E quanto a eventos para a área de estamparia?
Estamos com projeto para realizar em outubro cursos de capacitação com diversas turmas, com técnicos das fábricas de São Paulo. Esses cursos terão duração de uma semana e os participantes receberão certificado. Estamos também nos preparando para realizar o 2º Fórum de Estamparia Têxtil do Agreste, no dia 28 de março que é o dia do serígrafo e qualquer empresa que quiser pode levar seus colaboradores para participar dos nossos eventos.


Entrevista publicada na última edição da Revista Zíper

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