Drª Maria Leomar de Lucena Portela
Formada pela UFPE (CRM 12548) MEmbro do colégio brasileiro de radiologia, membro da sociedade brasileira de ultrassonografia e titulo de esppecializaçaão de SBUS.
O ultrassom (também chamado de ultrassonografia ou
ecografia) é um exame não invasivo que usa ondas do som para criar uma imagem
do feto (nesse caso específico) onde o objetivo primordial é acompanhar o
desenvolvimento do concepto.
Estudos
realizados durante os últimos 35 anos não mostraram nenhuma indicação de que a
ultrassonografia seja prejudicial ao concepto, porém nos cabe a seguinte
pergunta, em que época da gestação devemos fazer ultrassom?
No
primeiro trimestre o obstetra pode pedir ultrassom
pelos seguintes motivos: nos casos de sangramento vaginal para descartar
aborto, a fim de determinar a idade gestacional, verificar se há um ou mais de
um embrião e também para afastar gestação ectópica (quando o concepto
localiza-se fora do útero) ou molar.
No
segundo trimestre é importante que sejam realizados os
seguintes exames:
-Ultrassom
para medida da translucência nucal, uma dobra (edema)
que surge na nuca do feto na 9ª semana e desaparece na 14ª semana, sendo a
melhor época para medida da mesma entre a 12ª e 13ª semana. A translucência
nucal normal afasta em torno de 90% a possibilidade do bebê ter
mal formações cromossômicas dentre elas a mais comum Síndrome de Down.
Ultrassom
morfológico é um exame mais detalhado feito por
volta da 22ª a 24ª semana onde o examinador vai observar de forma mais
detalhada a formação e desenvolvimento do concepto. Nesse exame quando é
aventada a possibilidade do feto ter alguma cardiopatia o estudo pode ser complementado
com a ecocardiografia fetal.
No
terceiro trimestre o ultrassom pode ser realizado
para determinar a posição fetal, o peso, verificar o nível de líquido amniótico
e avaliação da placenta.
O ultrassom auxilia bastante o obstetra no seu dia
a dia para detectar anormalidades que por ventura venham ocorrer durante a
gestação e justamente por ser um exame complementar possui suas limitações.
Portanto, nenhum tipo de ecografia afasta 100% a possibilidade de malformação
fetal. O ultrassom morfológico que é mais detalhado afasta em torno de 85%,
quando realizado na idade gestacional adequada.
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