quarta-feira, 8 de maio de 2013

Santa Cruz Sessentenária




Em 60 anos de emancipação política, a cidade de Santa Cruz do Capibaribe alavancou a sua economia e impulsiona o desenvolvimento de outras cidades do Agreste Pernambucano.
Primeiro o rio, depois a cruz, hoje cidade de Santa Cruz, Capibaribe que foi o rio, Antônio Burgos plantou a cruz. A estrofe da música de José Augusto Maia revela que mesmo ainda povoado, Santa Cruz do Capibaribe já se compreendia de forma grandiosa. Ainda pelos idos de 1750, o português Antônio Burgos, que por recomendações médicas procurava um local que favorecesse sua saúde, construiu uma cabana de taipa para se alojar com sua família e escravos na confluência do Rio Capibaribe com o riacho Tapera. O seu nome se origina da grande cruz de madeira que colocou em frente a uma capela que mandou construir próxima a sua casa, a partir da qual teve início o povoamento. A cruz é conservada até hoje na igreja matriz do Senhor Bom Jesus dos Aflitos.
A partir disso, o povoado foi crescendo e conquistando novos moradores, tornando-sedistrito de Santa Cruz em 1892, subordinado ao município de Taquaritinga do Norte. Em 1953, o distrito foi emancipado sendo elevado a categoria de município. Uma curiosidade, é que devido a sua gente empreendedora, Santa Cruz do Capibaribe, mesmo ainda quando era distrito, já possuía uma receita bem maior do que a própria sede, Taquaritinga do Norte.
Este ano, a cidade comemora 60 anos de emancipação política. Atualmente, Santa Cruz do Capibaribe tem uma população com quase 92 mil habitantes, de acordo com dados do IBGE de 2011, distribuídos em 32 bairros e dois distritos. Sua economia é voltada para o segmento de confecção e tem atraído olhares e visitas de lojistas de todo o Brasil, sendo as regiões Norte e Nordeste os maiores compradores da produção da cidade. O Moda Center Santa Cruz, vitrine do empreendedorismo regional, é o maior parque de confecções da América Latina, fruto do trabalho dos santacruzenses.
Através de sua economia forte e pujante, Santa Cruz do Capibaribe se destaca como a cidade pernambucana com o menor número de pobreza no Estado e menos índice de desemprego no Brasil. O fenômeno conhecido como “o milagre da sulanca”, fez do município um lugar que deu certo, onde o mesmo possuía todas as características de um ambiente improdutivo e sinônimo de pobreza no semiárido nordestino.
Diante de todo esse crescimento, a cidade impulsionou outros municípios como Caruaru e Toritama e juntas formam o segundo maior Polo de Confecções do Brasil. Assim é a sessentenária Santa Cruz do Capibaribe, acolhedora e de um povo empreendedor, que mesmo diante de tantos obstáculos possuem a garra e a coragem para fazer da cidade o que ela é hoje. Parabéns!

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